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Mostrando postagens de janeiro, 2024

Será?

      Dias e dias afastada daqui. Viver bem tem tomado meu tempo, um tempo precioso voltado pra mim mesma. Menos culpas, menos excessos, mais encontros e surpresas que tenho abraçado sem pensar tanto. Ainda falta muita coisa, o processo é longo, eu diria que a aprendizagem é eterna, mas sensação de caminho certo dá um medinho bom, um frio na barriga de uma paz terrível que sinto chegando. Coisa boa conseguir ver além do que se mostra e descobrir que sempre tenho escolhas, ver que sair de cena não é a solução. A solução é ficar, ser, estar presente pra que o futuro se apresente e ter forças pra cair e levantar todas as vezes que for preciso, por que a vida é feita disso mesmo. Entrego uma parte aos que me guiam e me intuem, e agradeço. O exercício de tentar parar de ouvir minha cabeça e ouvir o estômago e o coração. Será possível?

Vamos nos jogar onde já caímos

      O ano começou e já me trouxe uma bela sinusite. Entendi como um recado: cuide-se mais. Fui obrigada a ficar sem fumar, beber álcool, me hidratar muito (virei uma maria mijona), me alimentar bem, dormir bem e ficar mais afastada das telas (por que os olhos doem). Dói a cabeça, o corpo fica mole, mas acabei achando (quase) bom, por que vi que todo esse cuidado deveria ser diário, e às vezes a gente segue ignorando. Não faço promessas, mas acho que posso chamar de meta, me soa mais tangível. No meio disso tudo, recebi uma proposta de trabalho, num restaurante relativamente novo aqui perto. Não sei ainda nem quanto vou ganhar, mas topei fazer uma experiência amanhã. Era o trabalho que eu queria? Não. Mas foi o que apareceu e ando muito precisada por que a vida anda difícil. O trabalho dos sonhos também só existe quando a gente não precisa dele pra sobreviver. Já trabalhei em muitos lugares aqui fazendo a mesma coisa, mas dessa vez estou ansiosa, passei o dia com isso na...

E agora, José?

      2024. Como assim? Dois mil e vinte e quatro. No fim dos anos 80, eu pegava a calculadora e calculava a idade que todos os meus entes queridos teriam no ano 2000, inclusive eu. Achava que todos seriam velhos decrépitos, inclusive eu que teria 17 anos apenas. Quando penso em 20 anos atrás, ainda me vêm os anos 80 na mente, 30 anos são os 70. Será que eu dormi muito? Nos últimos anos sempre tenho essas sensações em toda virada. De qualquer maneira, eu espero que essa virada seja realmente uma virada, de chave. Não quero fazer nenhuma síntese do passado e nem promessas pro futuro, talvez uma: viver o presente. É o que posso oferecer agora, pro mundo e pra mim mesma. Agradeço por ter sobrevivido, já achei que não fosse conseguir. Mas hoje é outro dia, de um ano novo. Que venham as novidades, estou preparada.