(I'll never be) Maria Magdalena

Quase um mês, quase um mês inteiro de procrastinação, de covardia e de sentimentos confusos. Há quase um mês, vivi e revivi algumas experiências que quase me fizeram perder o foco. Me apaixonei, desapaixonei, apaixonei de novo e, no fim, me apaixonei mais uma vez, mas por mim mesma. Não sem antes me embolar inteira. Ouvi confissões e segredos que me levaram à uma retrospectiva nada agradável, mas necessária. Revisitei lugares, pessoas, conheci novos alguéns e experimentei a sensação de um trem saindo do trilho. Algumas companhias deixadas pra trás com muita certeza de estar fazendo o melhor pra minha saúde mental e física, finalmente. Respiro aliviada, mas talvez tenha sido prematuro divulgar esse "diário" por que acabei me censurando por medo de fazer certos relatos, ainda que sem nomes, e cutucar a ferida de quem vestir a carapuça. Seria mais uma vez um medo de desagradar? De não ser aceita? De perder pessoas não tenho mais medo (só minha mãe). Pessoas vão e vêm todos os dias, basta entender e aceitar essa condição tão básica da vida pra não sofrer tanto quando alguém deixa de fazer parte do nosso convívio. Por quê então essa censura toda? Nunca tive problema algum com reputação também. Afinal de contas, no mundo que a gente vive, uma mulher de 40 anos que nunca se casou e não teve filhos já tem a reputação questionada só por existir, se for preta então, melhor nem comentar. Má reputação pra mim é ser mau caráter e praticar o mal. Preciso pensar a respeito dessa auto censura (e me livrar dela).

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